LETRAMENTO CRÍTICO VISUAL - VÍDEO 04 - MACKLEMORE & RYAN LEWIS - SAME LOVE feat. MARY LAMBERT

 Olá, pessoal! Tudo bem? Sou Silveline Pereira e este foi um trabalho realizado na disciplina de Letramentos e Práticas Multimodais, do mestrado em Letras- UESPI  - este trabalho tem como objetivo  realizar a análise de um vídeo sob o olhar do letramento crítico visual, que envolve examinar cuidadosamente os elementos visuais, a linguagem e os discursos presentes na obra para compreender como eles moldam nossas origens, valores e ideologias. 


Link do vídeo

Elaborei algumas perguntas que podem servir como ponto de partida para uma análise mais aprofundada do vídeo "SAME LOVE" e das questões abordadas nele.

1- Qual é o tema principal aplicável no vídeo "SAME LOVE"? 




2- Qual é o propósito do vídeo em relação à mensagem transmitida?



3- Como a estética visual do vídeo contribui para a narrativa?



4- Quais são as características do vídeo que destacam a diversidade de relacionamentos e o amor independentemente da orientação sexual?




5- De que forma o vídeo retrata os desafios enfrentados pela comunidade LGBT+ em busca de aceitação?



6 - Quais elementos visuais, como cenários, figurinos e iluminação, são utilizados para transmitir a mensagem do vídeo?



7 - Quais são as associações sociais, políticas e culturais presentes no vídeo?



8 Como o vídeo retextualiza ou faz referência a outros discursos ou representações da comunidade LGBT+?



10- Como o vídeo aborda questões de preconceito, estereótipos e desigualdades?




Trata-se de um videoclipe lançado em 2012 pela dupla de artistas Macklemore e Ryan Lewis, em parceria com a cantora Mary Lambert. O vídeo aborda questões relacionadas à igualdade e aos direitos LGBT+. O vídeo foi lançado em um momento em que o debate sobre a igualdade de direitos para a comunidade LGBT+ ganha força em muitos países. O propósito do vídeo é promover a tolerância, a inclusão e a aceitação da diversidade sexual. O vídeo apresenta uma estética simples, focando em cenas cotidianas e emocionais. As imagens são predominantemente em preto e branco, evocando uma atmosfera mais calorosa e introspectiva. Há uma alternância entre cenas de casais heterossexuais e casais do mesmo sexo, mostrando a diversidade de relacionamentos e o amor entre pessoas independentemente de sua orientação sexual.

Observação inicial: O primeiro passo foi tentar assistir ao vídeo sem preconceitos e fazer uma observação inicial. As primeiras impressões foram que o vídeo se tratava de alguma cena que envolvia emoções, pois conforme a imagem foi possível perceber um ambiente hospitalar e um medidor de pressão como se alguém estivesse doente.





                  Em seguida notamos que se trata de um parto, ao verificarmos a identificação do contexto, através de informações sobre o vídeo, observei os elementos visuais do vídeo, como cenários, figurinos, núcleos, enquadramento, iluminação e edição e esses elementos instruíram para a narrativa do  discurso transmitido que se tratava de uma história de um garoto. Verifiquei a composição da cena, a simbologia e as metáforas visuais utilizadas. Isso tudo para contextualizar uma música que fala sobre aceitação em defesa dos direitos da comunidade LGBTqi+. Demonstrando que todas as crianças nascem iguais, só querem ser crianças e ser aceitas independente da sua opção sexual no futuro. 
                    A letra da música e a performance dos artistas são elementos importantes na mensagem do vídeo. As palavras destacam a importância da igualdade, da aceitação e do respeito pelos relacionamentos LGBT+. A música e as letras transmitem emoção e vulnerabilidade, ansiosamente para a conexão emocional com o público.


          O vídeo segue uma narrativa linear, apresentando histórias de pessoas LGBT+ enfrentando desafios e buscando aceitação. A mensagem central é a de que o amor é universal e não deve ser limitado por preconceitos ou restrições sociais.  Traz partes no vídeo que demonstram o sofrimento desses jovens que precisam ser esconder por conta da religião ou do conservadorismo da família isso reforça os discursos presentes no vídeo, com a presença de estereótipos, preconceitos e representações problemáticas no vídeo. Essas imagens podem fortalecer desigualdades, discriminações e  opressões considerando o tom, o choro e as mensagens transmitidas.







A música e o vídeo foram elogiados por sua abordagem inclusiva e pela forma como transmitiram uma mensagem de respeito e tolerância. O vídeo é uma demonstração de que todas as  formas de amor são válidas assim podemos ver que mesmo diante do preconceito eles permaneceram juntos até a velhice.  No final do vídeo notamos o poder de persuasão do leitor a defesa da causa da comunidade.



Após analisar os elementos visuais, a linguagem e os discursos do vídeo, refletimos sobre suas psicologias sociais, políticas e culturais, o vídeo reproduz e desafia estruturas de poder, normas sociais e valores dominantes. Temas como este se insere em debates, problemas ou movimentos sociais relevantes. A análise do vídeo revela a importância do ativismo artístico na promoção da igualdade e na luta contra a distinção. Ao desafiar estereótipos e celebrar a diversidade, "SAME LOVE" incentiva uma reflexão crítica sobre as normas sociais e os preconceitos arraigados em relação à orientação sexual.

O vídeo "SAME LOVE" é uma expressão do letramento crítico visual, pois utiliza elementos visuais, linguagem e narrativa para abordar questões sociais relevantes. Ele estimula o espectador a refletir sobre a igualdade de direitos LGBT+ e questionar as normas sociais que perpetuam a declaração.

A produção foi feita por Tricia Davis e o diretor de fotografia  Mego Lin e como assistente de produção Honna Kimmerer, além de outras pessoas que os créditos aparecem no vídeo. A  data de criação foi  2 de out. de 2012 e o propósito foi de transmitir um sentimento maternal antes da música. Acumula 263.500.082 visualizações e vários comentários como podemos ver na imagem a seguir.  






Obrigada!!!






Referências: Fontanari, Rodrigo:  Como ler imagens? A lição de Roland Barthes. São Paulo: Galáxia, 
2016.
 HALL, Stuart. “The work of representation”. In: HALL, Stuart (org.) Representation.
Cultural representation and cultural signifying practices. London/Thousand Oaks/New
Delhi: Sage/Open University, 1997. 






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Publicidade analisada sob o olhar da intertextualidade - clipe Thriller e Mansão SKY

Retórica de Aristóteles

APRENDIZAGEM MULTIMODAL DE LETRAMENTOS COM TEXTOS DIGITAIS