Olá, pessoal! Tudo bem? Sou Silveline Pereira e este foi um trabalho realizado na disciplina de Letramentos e Práticas Multimodais, do mestrado em Letras- UESPI - este trabalho tem como objetivo realizar a análise de um vídeo sob o olhar do letramento crítico visual, que envolve examinar cuidadosamente os elementos visuais, a linguagem e os discursos presentes na obra para compreender como eles moldam nossas origens, valores e ideologias.
Link do vídeo
Elaborei algumas perguntas que podem servir como ponto de partida para uma análise mais aprofundada do vídeo "SAME LOVE" e das questões abordadas nele.
1- Qual é o tema principal aplicável no vídeo "SAME LOVE"?
2- Qual é o propósito do vídeo em relação à mensagem transmitida?
3- Como a estética visual do vídeo contribui para a narrativa?
4- Quais são as características do vídeo que destacam a diversidade de relacionamentos e o amor independentemente da orientação sexual?
5- De que forma o vídeo retrata os desafios enfrentados pela comunidade LGBT+ em busca de aceitação?
6 - Quais elementos visuais, como cenários, figurinos e iluminação, são utilizados para transmitir a mensagem do vídeo?
7 - Quais são as associações sociais, políticas e culturais presentes no vídeo?
8 Como o vídeo retextualiza ou faz referência a outros discursos ou representações da comunidade LGBT+?
10- Como o vídeo aborda questões de preconceito, estereótipos e desigualdades?
Trata-se de um videoclipe lançado em 2012 pela dupla de artistas Macklemore e Ryan Lewis, em parceria com a cantora Mary Lambert. O vídeo aborda questões relacionadas à igualdade e aos direitos LGBT+. O vídeo foi lançado em um momento em que o debate sobre a igualdade de direitos para a comunidade LGBT+ ganha força em muitos países. O propósito do vídeo é promover a tolerância, a inclusão e a aceitação da diversidade sexual. O vídeo apresenta uma estética simples, focando em cenas cotidianas e emocionais. As imagens são predominantemente em preto e branco, evocando uma atmosfera mais calorosa e introspectiva. Há uma alternância entre cenas de casais heterossexuais e casais do mesmo sexo, mostrando a diversidade de relacionamentos e o amor entre pessoas independentemente de sua orientação sexual.
Observação inicial: O primeiro passo foi tentar assistir ao vídeo sem preconceitos e fazer uma observação inicial. As primeiras impressões foram que o vídeo se tratava de alguma cena que envolvia emoções, pois conforme a imagem foi possível perceber um ambiente hospitalar e um medidor de pressão como se alguém estivesse doente.

Em seguida notamos que se trata de um parto, ao verificarmos a identificação do contexto, através de informações sobre o vídeo, observei os elementos visuais do vídeo, como cenários, figurinos, núcleos, enquadramento, iluminação e edição e esses elementos instruíram para a narrativa do discurso transmitido que se tratava de uma história de um garoto. Verifiquei a composição da cena, a simbologia e as metáforas visuais utilizadas. Isso tudo para contextualizar uma música que fala sobre aceitação em defesa dos direitos da comunidade LGBTqi+. Demonstrando que todas as crianças nascem iguais, só querem ser crianças e ser aceitas independente da sua opção sexual no futuro.
A letra da música e a performance dos artistas são elementos importantes na mensagem do vídeo. As palavras destacam a importância da igualdade, da aceitação e do respeito pelos relacionamentos LGBT+. A música e as letras transmitem emoção e vulnerabilidade, ansiosamente para a conexão emocional com o público.
O vídeo segue uma narrativa linear, apresentando histórias de pessoas LGBT+ enfrentando desafios e buscando aceitação. A mensagem central é a de que o amor é universal e não deve ser limitado por preconceitos ou restrições sociais. Traz partes no vídeo que demonstram o sofrimento desses jovens que precisam ser esconder por conta da religião ou do conservadorismo da família isso reforça os discursos presentes no vídeo, com a presença de estereótipos, preconceitos e representações problemáticas no vídeo. Essas imagens podem fortalecer desigualdades, discriminações e opressões considerando o tom, o choro e as mensagens transmitidas.
A música e o vídeo foram elogiados por sua abordagem inclusiva e pela forma como transmitiram uma mensagem de respeito e tolerância. O vídeo é uma demonstração de que todas as formas de amor são válidas assim podemos ver que mesmo diante do preconceito eles permaneceram juntos até a velhice. No final do vídeo notamos o poder de persuasão do leitor a defesa da causa da comunidade.
Após analisar os elementos visuais, a linguagem e os discursos do vídeo, refletimos sobre suas psicologias sociais, políticas e culturais, o vídeo reproduz e desafia estruturas de poder, normas sociais e valores dominantes. Temas como este se insere em debates, problemas ou movimentos sociais relevantes. A análise do vídeo revela a importância do ativismo artístico na promoção da igualdade e na luta contra a distinção. Ao desafiar estereótipos e celebrar a diversidade, "SAME LOVE" incentiva uma reflexão crítica sobre as normas sociais e os preconceitos arraigados em relação à orientação sexual.
O vídeo "SAME LOVE" é uma expressão do letramento crítico visual, pois utiliza elementos visuais, linguagem e narrativa para abordar questões sociais relevantes. Ele estimula o espectador a refletir sobre a igualdade de direitos LGBT+ e questionar as normas sociais que perpetuam a declaração.
A produção foi feita por Tricia Davis e o diretor de fotografia Mego Lin e como assistente de produção Honna Kimmerer, além de outras pessoas que os créditos aparecem no vídeo. A data de criação foi 2 de out. de 2012 e o propósito foi de transmitir um sentimento maternal antes da música. Acumula 263.500.082 visualizações e vários comentários como podemos ver na imagem a seguir.
Obrigada!!!
Referências: Fontanari, Rodrigo: Como ler imagens? A lição de Roland Barthes. São Paulo: Galáxia,
2016.
HALL, Stuart. “The work of representation”. In: HALL, Stuart (org.) Representation.
Cultural representation and cultural signifying practices. London/Thousand Oaks/New
Delhi: Sage/Open University, 1997.
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