Retórica de Aristóteles
Olá, pessoal! Tudo bem? Sou Silveline Pereira e este foi um trabalho realizado na disciplina de Letramentos e Práticas Multimodais, do mestrado em Letras- UESPI feito em dupla, com minha colega de turma Maria Eduarda, blogger: https://multimodalidadenapratica.blogspot.com/
O post de hoje tem como foco a discussão da Retórica de Aristóteles. Para tanto, utilizei como base teórica as explicações de Dayoub (2004) e o texto The Rhetorical Situation, que foi publicado no site da Purdue University sem o nome do autor. Aproveitem a leitura! :)
Definição de retórica
De acordo com o autor do texto The Rhetorical Situation, o termo ‘retórica’ se refere a qualquer tipo de comunicação que é utilizada para mudar os pontos de vista pessoais de alguém. Como tal, pode-se inferir que é uma função comunicativa extremamente poderosa. Para ilustrar, o escritor demonstra que existem conceitos advindos da Grécia Antiga - tais como logos, ethos, pathos, kairos e telos - que explicitam seu funcionamento. Eles eram utilizados com frequência pelo filósofo Aristóteles, que os considerava elementos básicos de quaisquer situações retóricas.
Elementos da retórica de Aristóteles
O primeiro elemento da retórica aristotélica é o logos, o qual pode ser traduzido como lógica. Em The Rhetorical Situation, é possível compreender que tal aspecto se referia originalmente ao conteúdo e à estrutura de determinada fala. De maneira similar, Dayoub (2004, p.15) afirma que o logos é "[...] racional e refere-se à argumentação propriamente dita". O material online explicita que na contemporaneidade também é possível utilizá-lo para se considerar o nível de racionalidade e lógica presente em um texto. Nesse sentido, pode-se deduzir que ele torna determinado evento comunicativo lógico e racional.
O segundo elemento é chamado de ethos, que também pode ser traduzido como ‘credibilidade’ e ‘confiabilidade’. De acordo o artigo da Purdue University, Aristóteles o utilizava para tratar de quais elementos estruturais da fala refletiam no orador. Ilustrando essa ideia, Dayoub (2004, p.15) afirma que o ethos “corresponde à impressão que o orador dá de si próprio, por meio do seu discurso e não de seu caráter real”. Na contemporaneidade, é possível utilizá-lo para observar como o autor retrata-se em seu texto. Sendo assim, é um elemento retórico que é capaz de mascarar a realidade.
O terceiro tem uma tradução que relaciona-se com a ideia de 'apelo emocional' e é conhecido como pathos. Como ressalta o autor de The Rhetorical Situation, era usado para designar os aspectos que sensibilizam o público, ou seja, à “emoção que o orador consegue exprimir no auditório” (DAYOUB, 2004, p.15). O escritor do artigo universitário ressalta que hoje em dia tal termo pode aludir às maneiras que o autor de um texto lida com as emoções do leitor. Portanto, são os recursos linguísticos usados para causar reações específicas nos consumidores de determinado conteúdo.
Ainda de acordo com o texto da Purdue University, Aristóteles usava o telos para compreender o propósito de determinada fala. Por fim, o autor ressalta que, através do kairos, o filósofo observava quais características do discurso falado que remetiam ao contexto, época e local em que ocorria.
Referências:
ARISTOTLE'S Rhetorical Situation - Purdue OWL - Purdue University. Disponível em: https://owl.purdue.
edu/owl/general_writing/academic_writing/rhetorical_situation/aristotles_rhetorical_situation.html. Acesso em: 9 jun. 2023.
DAYOUB, Khazzoun Mirched. A Ordem das Ideias: Palavra, Imagem, Persuasão. Barueri, São Paulo: Manole, 2004.
Muito obrigada pela atenção de vocês,
Eduarda.
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